Quanta carga é essa que carrego em minhas costas? Uma ansiedade eterna sobre “será que vai dar certo?”. E por que se der errado eu me preocupo mais com o que as pessoas vão pensar do que o que eu mesma vou pensar?
Por que essa necessidade de agradar, de corresponder, de se encaixar nessa sociedade hipócrita? Por que eu não posso simplesmente deixar fluir e olhar para mim, para ver como eu me sinto e o que eu quero?
São questionamentos que me desafiam e as respostas me trazem paz. Porque a verdade é que eu não preciso agradar ninguém além de mim mesma. As pessoas ao meu redor e a sociedade não sabem o que é melhor para mim. E mesmo que tenham uma noção, a opinião delas sempre estará carregada do interior próprio de cada uma.
Futuramente, quando eu estiver frustrada porque não ouvi meu coração, quem vai pagar a conta sou eu mesma. Ninguém vai assumir as consequências da minha infelicidade.
Chega de pensar numa visão de senso comum, de fazer o que é mais indicado, de ter medo de não prosperar. Afinal, o progresso que almejo é para satisfazer a mim ou à sociedade?
Cansei dessas amarras de um pensamento arcaico que te diz para fazer só o que é seguro. Enquanto eu não estiver passando fome, não vejo motivos para eu escolher outra coisa a não ser o que me faça bem.
Cada um tem sua forma de conquistar seus objetivos e a minha pode não ser tão convencional assim, mas o convencional nunca me convenceu muito mesmo.
Toda essa angústia de ser aprovada pelo mundo só adia os meus sonhos porque não consigo fazer nem o que esperam de mim nem o que eu mesma espero.
Hoje eu só quero ficar que nem Maria Cecília e Rodolfo: “Coloca o mundo no mudo, escute o seu coração”.